Empresa terá que pagar indenizações para funcionários que batiam ponto depois de trocar roupa
29/06/2021
Aproximadamente 5,4 mil pessoas que trabalharam em um frigorífico de Forquilhinha entre os anos de 2001 e 2006 possuem direito a receber indenização. Há pouco mais de um mês a Justiça deu sentença favorável ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e Região (Sintiacr) que acusava irregularidades na jornada de trabalho dos funcionários. O valor a ser distribuído entre os colaboradores é de quase R$ 9 milhões.
Segundo o Sintiacr, o processo foi ajuizado em 2006 depois do sindicato receber denúncia de que a administradora do frigorífico na época exigia que os funcionários trocassem de roupa antes de registrar o ponto. Após a abertura da ação, a situação foi regularizada.
“A legislação diz que o trabalhador primeiro tem que bater o ponto para depois trocar de roupa, já que colocar o uniforme faz parte da jornada de trabalho. A inversão de ordem fazia com que a empresa deixasse de pagar de 15 a 20 minutos de trabalho dos funcionários”, explicou Célio Elias, atualmente presidente do Sintiacr.
O total das indenizações já foi depositado em juízo pela empresa. Agora o sindicato fará assembleia com os trabalhadores para repassar as orientações sobre a retirada do benefício. “Faremos assembleias entre o dia 1º e 4 de julho reunindo a cada meia hora no máximo 30 trabalhadores, para respeitar as regras sanitárias contra a Covid-19. Temos esta autorização do Ministério Público de Santa Catarina, da Polícia Militar e da Vigilância Sanitária de Forquilhinha”, acrescentou Elias.
Texto - Engeplus
O frigorífico em questão atualmente é administrado pela JBS, mas o processo diz respeito às gestões passadas. Os funcionários que atuaram na unidade entre 2001 e 2006 devem procurar o sindicato. A lista de nomes dos beneficiados também está disponível nas sedes do Sintiacr de Forquilhinha, Nova Veneza e Criciúma.